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quarta-feira, 24 de outubro de 2012



          ERA UMA VEZ UM PONTO AZUL NO MEIO DO JARDIM



Conto de titulo grande pra um personagem bem pequeno.
Contar a sua historia vale uma pausa gostosa de bolo de chocolate com creme de leite batido com vanille.
Num manha de muito orvalho uma folhinha permaneceu fechada.
Depositado com todo cuidado por uma fada da manhã, um bebezinho encantado.
Criado pela magia infantil de um menino tímido e divertido.
Meio cara de gatinho, azulado como o céu sem nuvens, mãos grandes pro seu tamanho de 30cm.
Vestido vaidoso com calças feitas de gomos de cogumelos costurados com fios
de teias das aranhas do jardim. Chapéu imponente de topo de cogumelo fresco.
Percorria o jardim caçando caracóis que adora comer assados e frutinhas recém colhidas. Uma figurinha nosso personagem.
Seu nome, porque o menino cuja imaginação o criou, batizou-o de Pingo.
Nosso personagem tem especial efeito nos ventinhos que balançam as folhas e as faz desprender-se. Diria a imaginação do nosso menino, de que assim se explicaria a quantidade de folhas soltas no jardim.
- São para servirem de material para a construção de palácios verdes no jardim,
morada das fadinhas azuis, pensava nosso menino.
Nosso menino tecia planos de historias empolgado com o jardim.
Crianças precisam do verde, de flores, insetos.
Precisamos dar-lhes tempo pra criarem com a própria imaginação suas aventuras.
Nosso menino tinha um jardim só pra si.
Chuvesse ou fizesse sol, os pézinhos do nosso menino alegravam o jardim de risadas. Como seria bom se todos os meninos e meninas pudessem sorrir muito.
Vamos deixando a imaginação do nosso menino brincar com o personagem azul.
Quando este menino crescer vai se lembrar feliz destas historias infantis e contá-las prós filhos dele.
Precisamos de crianças  com muitas fantasias pra se tornarem adultos saudáveis!




terça-feira, 9 de outubro de 2012


                     A MENINA QUE GOSTAVA DE TRICOTAR

foto de Jessica Florence


Podemos encontrar mãozinhas que amam tricotar.
Tecem as malhas em receitas das simples às que desafiam a imaginação.
E nessas malhas vencem o tempo na criatividade.
Nossa menina pequena tinha uma idéia dominante:
os animalzinhos de casa teriam uma fashion tricoteira.
Voltava da escola, almoçava, sentava na escrivaninha e deveres feitos se aninhava na poltrona da sala e tricotava os sonhos.
O trabalho manual a desprendia do chão e ganhava o espaço da imaginação.
Terapia ocupacional? Sim certamente!
Os olhos da nossa menina procuravam desenhos de roupas feitas pra todos os animalzinhos que visualizava nos livros de estórias.
Como é importante ter livros a volta das crianças.
A tarefa de ensinar a ler pertence ao próprio lar.
Porque ler deve ser tão importante quando a higiene, alimentação, amor.
A mente precisa reaprender a exprimir se. Tarefa do lar.
O tricô tem magia.
Uma equação a ser resolvida. 
Como manter as malhas nas agulhas em pleno movimento!
Noção de tempo/espaço/movimento/continuidade.
E assim arrematamos o nosso pequeno conto:

ERA UMA VEZ UMA MENINA QUE GOSTAVA DE TRICOTAR.
SEUS BICHINHOS AMIGOS ERAM SEUS CLIENTES EM POTENCIAL.
PODEM PERGUNTAR AO MIQUELINO, O RAMSTER DA MENINA,
AQUECIDO NA ROUPA DE DORMIR.






segunda-feira, 8 de outubro de 2012



                               MEUS SAPATOS VERDES



Penso que envolvo com muito carinho as minhas coisas.
Dificil me desfazer de algo meu. Coisas simples, mas adereços imprescindíveis no dia a dia. Me apego a eles. Contam minha estória.
Sapatos… sapatos… sapatos…
Devem servir confortáveis ao andar. Caminhar significa ganhar terreno no que se deseja. Andar pra frente de cabeça erguida e determinada.
Sapatos tem personalidades próprias.
Esportivos… caseiros… clássicos… de gala… de trabalho.
Cabem embaixo da mesa, da poltrona, da cama, esquecidos no corredor.
Que fazer deles, os favoritos? Joga-los num canto escuro, numa sacola de lixo!
NuncaaaaaaaAAAAAAA
Eu os transformo em meus sapatos verdes.
Tem poderes de abrir sorrisos e inspirar alegrias.
Estejam no jardim, na varanda, no parapeito das janelas, eles são mágicos.
Foram criados para encantar, e provar acima de tudo, de que alem de utilitários, são românticos.
Contam estórias de sonhos conquistados, queridos.
Fazem brotar da magia o verde:
Verde de esperança, de conquistas, de coragem.
Enfrentam o tempo e aliviam, perfumados, o ambiente.
Eu amo meus sapatos verdes.